Os efeitos positivos que o saneamento básico promove na vida de um indivíduo vão muito além de se ter água na torneira e o esgoto coletado, e devolvido ao meio hídrico devidamente tratado. Os benefícios são percebidos nos índices de saúde, geração de emprego, educação, turismo, atração de novos investimentos da iniciativa privada e autoestima da comunidade, que usufrui desses serviços, reduzindo desigualdades sociais.

Alguns dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), demonstram e confirma a relevância do saneamento para todos.

As cidades que usufruem da universalização desse serviço, chamadas de cidades saneadas, resultam da combinação de gestão, eficiência operacional e investimentos. Em Piracicaba, essa conquista foi viabilizada através da complementariedade do poder público com o privado.

Através da iniciativa privada, que entrou com uma gama relevante de investimentos em infraestrutura e aportou novas tecnologias e capacidade operacional, o município segue no atendimento à população, na fiscalização dos serviços e na administração das contas, consagrando Piracicaba como cidade saneada, entre as primeiras colocadas, tanto no Ranking de Saneamento Básico do Brasil, realizado anualmente pelo Instituto Trata Brasil, quanto no estudo realizado pela ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental).

Há dez anos, a concessionária Mirante, empresa do Grupo Aegea, atua em Piracicaba na coleta e tratamento de esgoto com um modelo de gestão focado na eficiência operacional. “Nos dois primeiros anos de atuação, universalizamos a prestação deste serviço na cidade. O setor privado, quando acontece por meio de PPP ou concessão, possui capacidade de alavancar e executar os investimentos necessários em curto período, um diferencial que muitos estados e municípios não conseguem na mesma intensidade”, afirma a diretora presidente da Mirante, Silvia Leticia Tesseroli.

O novo marco legal do saneamento básico deve estimular o aumento da concorrência e abrir maior participação das empresas privadas em parceria com as empresas públicas, atraindo recursos para acelerar a universalização. “O formato de parcerias ganha força frente às obrigações de cumprimento de metas que o novo marco traz. Uma das principais vantagens da lei é a segurança jurídica e institucional para que as cidades busquem parcerias para atingi-las, e só unindo forças que o cenário do setor vai mudar”, explica Silvia.

Os reflexos do saneamento não ficam apenas no município que universaliza, mas contribuiu para toda a região onde está inserido, assim como o contrário também acontece, um município que não conta com saneamento, afeta outras cidades ao seu redor, contaminando o corpo hídrico, causando doenças, entre outros efeitos indiretos.

Sanear vai além da melhora na área da saúde, também representa ganhos econômicos e sociais nos municípios universalizados.