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Estudo mostra que o acesso ao abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto pode tirar mais de 18 milhões de mulheres da condição de pobreza
O Outubro Rosa é o mês que traz para o centro das discussões a saúde integral da mulher e o impacto dos contextos sociais em sua vida. E quando o assunto é saúde pública, o saneamento básico é um dos pilares essenciais, especialmente para a prevenção de doenças. A falta de acesso à água potável e coleta e tratamento de esgoto pode resultar na disseminação de doenças como a dengue, leptospirose e diarreias, que afetam principalmente crianças e grupos mais vulneráveis. A melhoria no saneamento reduz significativamente a incidência dessas enfermidades, contribuindo para uma população mais saudável e diminuindo os gastos com saúde pública.
Segundo o estudo “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, do Instituto Trata Brasil, o impacto da falta de saneamento na mulher brasileira reforça ainda mais a desigualdade de gênero no país. Segundo a publicação, o número de mulheres que residem em casas sem coleta de esgoto saltou de 26,9 milhões para 41,4 milhões em três anos, ou seja, uma taxa de crescimento de 15,5% ao ano do número de brasileiras afetadas pelo problema.
O relatório reforça que o acesso universal ao abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto pode tirar mais de 18 milhões de mulheres da condição de pobreza. Além disso, com a melhoria dos serviços básicos, as mulheres poderiam ter sua renda ampliada em 1/3. Um aumento da renda das brasileiras alcançaria R$ 13,5 bilhões por ano e cerca de metade desses ganhos ocorreriam no Norte e Nordeste do país, regiões do país com os maiores déficits de saneamento.
POBREZA MENSTRUAL
A população feminina prejudicada pela falta de água tratada passou de 15,2 milhões para 15,8 milhões. Já o índice de mulheres sem banheiro em casa cresceu 56,3% no período, passando de 1,6 milhão para 2,5 milhões. Na publicação, foi realizada ainda uma análise sobre como a falta de saneamento básico impulsiona a pobreza menstrual. Dados mostram que mulheres sem acesso a água tratada comprometem uma parcela maior da renda com a compra de absorventes e coletores menstruais – o impacto é 36% superior. Para aquelas que vivem sem banheiro em casa, o esforço econômico é 64% maior.
“Saneamento básico está intrinsecamente ligado à qualidade de vida das pessoas. O acesso a água potável e esgoto tratado não é apenas uma questão de saúde, mas também de dignidade. Quando as comunidades têm acesso a esses serviços, há uma melhora significativa na qualidade de vida, refletindo em famílias mais saudáveis, ambientes mais limpos e cidades mais organizadas. A promoção do saneamento básico deve, portanto, ser uma prioridade nas agendas governamentais e sociais, visando garantir que todos os cidadãos tenham direito a um ambiente saudável e digno de vida”, afirma a diretora executiva da Mirante, Isabelly Gonçalves.
Compreender essas implicações é fundamental para promover políticas públicas eficazes e iniciativas comunitárias que priorizem o acesso a saneamento adequado.
QUEM SOMOS
Mirante
A Mirante é uma empresa da Aegea Saneamento, líder no setor privado no Brasil. Desde 2012, a empresa é responsável pelo esgotamento sanitário da área urbana de Piracicaba (SP), município que em 2014 atingiu a universalização do serviço de saneamento. A operação funciona por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada) com o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) de Piracicaba.
Saiba mais em https://www.miranteppp.com.br
Aegea
Criada em 2010, a Aegea é referência no setor de saneamento básico no Brasil. Em cada município onde atua leva mais saúde e qualidade de vida para a população, respeitando sempre o meio ambiente e a cultura local. Hoje são mais de 31 milhões de pessoas atendidas em mais de 500 cidades de 15 estados, de norte a sul do Brasil. Saiba mais em https://www.aegea.com.br