Postado por aegea-ppp em 06/dez/2019 -
Implantado há menos um ano, o projeto Fórmula 1 é considerado case de sucesso
Como um milésimo de segundo pode impactar a performance de uma equipe? A resposta para essa questão foi a alavanca que desafiou a área técnica da Serviços da Mirante – responsável pelo sistema de esgotamento sanitário de Piracicaba, por meio da Parceria Público-Privada com a Prefeitura por meio do Semae -, a encontrar uma metodologia para aprimorar os processos operacionais e assegurar a qualidade dos serviços. Neste conceito foi concebido e implantado há quase um ano, o projeto Fórmula 1, que na semana passada, conquistou o 2º lugar no Prêmio Inovação Aegea, na categoria “Eficiência Operacional / Técnica”, em uma solenidade que aconteceu em Indaiatuba, SP.
O projeto desenvolvido pela área de Serviços junto à gerência de Engenharia e Operações e diretoria executiva da concessionária, está pautado na implementação de processos operacionais e adaptações da estrutura física que garantem a otimização do tempo de execução das atividades e, consequentemente, promovem a melhoria contínua da performance da equipe técnica.
Segundo o diretor executivo, Fabio Arruda, um dos idealizadores do projeto, o principal desafio de implantar esse tipo de melhoria na área de serviços é descobrir a melhor metodologia para produzir mais com menos. “Ao estudarmos o assunto verificamos que o sucesso desta operação está diretamente ligado ao planejamento e antecipação dos processos. Desta forma, com a redução do tempo de preparação da equipe antes de sair da base, as ocorrências são executadas em um prazo menor e, consequentemente, possibilita a ampliação dos atendimentos”, explica o diretor.
Dividido em duas etapas, o projeto teve como ponto de partida uma reunião entre os gestores, que englobou uma análise minuciosa dos procedimentos e identificação dos gaps que apresentavam possibilidade de melhorias, por meio da metodologia 5W2H. O estudo considerou também a atribuição dos responsáveis para coordenar as ações, definição dos prazos e estimativa de valores de investimento para cada ação.
A segunda etapa englobou uma vistoria do trabalho em campo, com a finalidade de identificar as particularidades e dificuldades exigidas pela tarefa. Entre os itens elencados pelo estudo considerou-se a questão do tempo médio utilizado para a saída da base até a conclusão da ocorrência. Para esse diagnóstico, a equipe contou com o sistema de OS online, um software de gerenciamento dos serviços que permitiu monitorar a performance das equipes neste período. Os resultados obtidos possibilitaram avaliar o comportamento dos colaboradores antes e após a implantação das melhorias.
A coordenadora de Serviços, Laís Gomes Pedra explica que todas as ações do projeto foram pensadas em uma forma de facilitar o dia a dia do colaborador e também aumentar a produtividade. De acordo com o gerente de Engenharia e Operações, Valdir Alcarde Junior, desde o início, o projeto Fórmula 1 foi constituído em uma estrutura replicável em outras unidades de negócio do grupo. Por isso, o protótipo foi constituído em Piracicaba e, após os primeiros resultados, sua estrutura já está em processo de aplicação nas outras unidades da Regional SP.
Fórmula 1 em números
Para mensurar as melhorias obtidas com a implantação, bem como aperfeiçoar os processos, o projeto foi dimensionado para o acompanhamento para um ano, no entanto, após o período de onze meses de execução os resultados já demonstraram ascensão do número de atendimentos e redução do tempo de saída da base do trabalho, que caiu de 33 para 14 minutos. No setor de manutenção, antes da implantação eram atendidas diariamente aproximadamente 13 ocorrências, e hoje, chegam a 21, o que representa uma efetividade de 61% dos procedimentos. Na área Comercial, as melhorias possibilitaram dobrar a quantidade de serviços, passando de 40 para 99 atendimentos mensais.
Para saber mais sobre o projeto e conferir os depoimentos de todos os envolvidos no processo, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=1TjRoV0uhR8.
Postado por aegea-ppp em 11/jul/2019 -
Evento apresentou diferentes modalidades de contratação
Os Contratos de Desempenho (também conhecidos como Contratos de Performance) são algumas das opções de modelagem de negócios que podem ajudar as companhias de saneamento, públicas e privadas, a potencializar investimentos em projetos de eficiência energética e redução de perdas de água. Esse tipo de acordo permite mais agilidade ao unir vários tipos de serviços em uma mesmo contratação, reduzindo índices de perdas de água e consumo de energia elétrica, além de fazer com que o contratado esteja compromissado com a execução do serviço e também com os resultados.
Para apresentar e esclarecer a metodologia desse tipo de contrato, a Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Capivari, Jundiaí (Ares PCJ), em parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) e com a presença da Agência de Desenvolvimento Paulista, realizou um seminário sobre o tema. A Mirante, Parceria Público Privada (PPP) estabelecida com o Semae e responsável pelo esgotamento sanitário de Piracicaba, interessada em manter o seu quadro de profissionais atualizados, participou do evento. A concessionária foi representada por Franceli Lacerda e Gabriele Arthur, das áreas Jurídico e Engenharia, respectivamente.
O seminário teve como finalidade apresentar o conceito, as vantagens, os aspectos jurídicos, e modelos de contratação que esta modalidade de negócio permite, por meio da exposição de cases bem-sucedidos no setor de saneamento.
De acordo com a analista de Engenharia, Gabriele Arthur, a temática do curso deu margem a um método que ainda não é amplamente utilizado, mas que pode ser replicado nas unidades operacionais da Mirante.
“O seminário foi muito interessante para divulgar esse tipo de contratação, que hoje ainda não é muito utilizado. No âmbito da concessionária ele pode auxiliar a potencializar índices de eficiência operacional, haja vista que esta modalidade permite que o prestador de serviços seja remunerado mediante aos benefícios obtidos com base no critério adotado, por exemplo: redução de perdas físicas, diminuição das despesas de energia, entre outros itens, por isso, não exige grandes investimentos no início do projeto e sim, conforme os resultados forem apresentados”, explica a engenheira.
De acordo com os especialistas, nos contratos de performance, cabe à contratada realizar todos os investimentos e prestar todos os serviços necessários, o que dispensa a necessidade de endividamento por parte das operadoras para financiar as intervenções de redução de perdas ou eficiência energética, por exemplo. Outro diferencial é que a contratada é incentivada a se comprometer, de fato, com a eficiência, uma vez que sua receita depende disto.
Segundo a analista Jurídico, Franceli Lacerda, apesar dessa modalidade de negócio ter sido pouco explorada nas contratações da Mirante, sua aplicabilidade é viável e pode agregar benefícios operacionais.
“Do ponto de vista jurídico, o seminário esclareceu os principais itens para a elaboração, expôs as legislações aplicáveis e o entendimento jurisprudencial, inclusive do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que demonstrou posicionamento favorável quando a utilização da referida forma de contratação.
Portanto, para os contratantes é uma opção viável, tendo em vista que parcela do risco será assumida pelo contratado, garantindo uma renumeração proporcional evitando custos desnecessários, além de estimular a eficiência na prestação dos serviços”, destaca Lacerda.